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domingo, 1 de novembro de 2009

Vinte e nove

Aos dez anos de idade, amei pela primeira vez. Aos dezesseis, quase morri de paixão e de saudade. Foi quando aprendi que não se guardam beijos e declarações para o dia seguinte. O dia seguinte só importa se realmente vier. E, quem garante? Alguém aí garante?

Com um medo danado de enterrar outro amor no cemitério, aos dezoito amei dois homens ao mesmo tempo. E entendi que assim, nada é inteiro. E se alguma coisa vem em dobro é a angústia. E a falta. Aos vinte, perdi os dois. Perdi um tanto de mim mesma também.

Mas, ganhei o mundo. Passei alguns anos experimentando amores inventados, regados à vaidade, à conveniência e a uma certa distração que me protegiam da verdade e da intensidade que insistia em gritar, escondida pelos cantos da alma. Pelos cantos da boca, eram beijos e palavras emprestadas em troca de alguma emoção. E a condição era que fossem passageiras. Eu e as emoções.

Mas, havia um homem que assistia a tudo isso e ria, um riso nervoso, de quem deseja o inacessível. Ele esteve ali durante quase dez anos, esperando o dia em que eu não soltaria a sua mão. E aos vinte e cinco, larguei tudo e fui com ele experimentar as dores de um amor exaltado.

Voltei crescida, adorada e ferida. Exatamente como deveria ser um amor de lições e libertações. Na volta, por algum tempo sofri de uma espécie de cegueira e até me apaixonei, com os olhos turvos e o coração dormente. Foi assim que aos vinte e sete, vivi minha paixão autista... Cheia de eufemismos, fantasmas e limitações.

Em quinze dias serão vinte e nove. E já que estou contando dos anos e dos ensaios de amor e de vida, conto os meses que são seus – e que sou sua. Cinco.

Cinco meses pra finalmente declarar (embora você já soubesse):

Meu amor... é você.
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PS: Adorei dizer: Amo você. No sotaque lá da gangue seria: Lhe amo. E é tão bom... rsrsrsrs. Difícil é não gostar de você. Difícil é sentir sua falta. Melhor deixar que esse amor tome conta das horas. Não tenho dias seguintes p/ te dar, mas as minhas horas, dos meus quase vinte e nove anos, são suas.

PS2: Outro PS porque é a minha verdade e merece: amo você.

5 comentários:

Lelê Mitsu disse...

Ai ai ai Cabecinha...
Que coisa né...Enquanto você escreve um texto declarando todo o seu amor, eu escreve um texto com a falta do amor...rsrsrsrsr
Lindo d+ Cabecinha...e te dou toda a força...
Esse semana você me falou do filme...mas lembrei também que tem outro que diz..."Quando você ama tem dizer bem alto, se não, o momento simplismente passa" - O Casamento do meu melhor amigo
Lhe amo menina...(sotaque da gangue...rsrsrsr)
bjusss

Cåm¡£¡ñhå disse...

Eita eita..um post cheio de bixice...! Pois é..enquanto tu suspira amor, eu creio que possa ter aprendido neste final de semana, que amor próprio agente tem e isso ninguem tira, ninguem apaga..aprendi que paixões tbm, veem e vão..na mesma intensidade como apareceram elas tendem a ir embora...!!!

Vinte e nove? Me lembrou uma música do Legião..

È da Gangue, viva essa sentimento! Você merece...!!!!

Beijosssssssss

Ale disse...

Isso, linda! Seu coração merece um carinho... parabéns ao dono dele! Tem a mais fantástica das pessoas que eu conheci pra amar...
Se cuida!

TOTYNIX disse...

Lelê Mitsu, amore, essa é a parte mais linda desse filme. Eu assisto e suspiro, pensando em quantos e quantos momentos deixamos passar. Mas, também se passam, acho q não deveriam mesmo ficar. Ou deveriam? Vai ver a gente chuta lá pra frente e em uma nova hora certa, encontremos novamente esse momento. Será?...Beijo linda...
LÊ, eu to feliz por vc demais. 5 meses? Eu e vc e nossas coincidências do coração. Beijo amore!!

Gihh disse...

Polxa Alê, fiqui feliz em saber de alguns acontecimentos.
Vc sabe que torço demais por sua felicidade.
A vida tah ai, o mundo eh nosso.
Pra viver sim cada momento como se fosse o ultimo,
como disse Lelê, não perder uma unica chance de dizer EU TE AMO.
Aiai, nun posso falar dessas cosias que ateh fico inspirada uhauahuah.
Que lindo que lindo.
Lhe amo Neguinha, fez falta demais na Barra ein.
bjOos