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segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

(L) ama

Amor, eu não tenho as respostas que você precisa. Mas também não confio na natureza das tuas dúvidas. Não sei se você realmente desejava as respostas, ou se foi uma maneira de sair na minha frente, me deixando pra trás com as culpas e a negligência.

Porque, um gole a mais, e eu fiquei com todo o peso no colo. Nos olhos. Na alma.

Como se tivesse caminhado esse tempo todo sozinha, serelepe e irresponsável nas minhas peraltices - inclusive as que você chama de sexuais. Como se eu fosse a Samarco, e você, Mariana.

E eu, nem sei quais são minhas próprias perguntas. E sem saber, se você precisa de água, de um cobertor, um emprego ou meu peito.

Houve um tempo em que eu assumiria todas as culpas por você. Todas. Mas esse tempo, danado, soprou tão forte...

Hoje em dia, tem até tornado no Brasil.

Você deveria saber. Você, deveria saber muito mais de mim.
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PS: Dos desastres naturais (!) em nós. Nós.

PS2: Ai, esses tornados de Iansã. Desço tonta e descalça. Mas é quando tenho certeza que minhas asas ainda estão aqui.