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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Convite

Vem
Que te conto uma história...
A minha.

Vem, que eu cuido das tuas dores
E dos teus afetos

Vem que eu viro festa
Faço um jantar com poesia
Faço lembrar quem és.

Vem
Deita aqui comigo

Me salva dessa loucura
Desse desejo que não cessa

Vem
Se não eu grito
Se não...

Eu calo.
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PS: Esse convite é intransferível. Vale pra todos os dias. Que todos os dias são nossos. Que todos os dias, amanheço e adormeço sua.

PS2: Camilinha, seu comentário me deixou reflexiva (mais... rsrsrs). Pago mesmo o preço das palavras. Mas pago à vista. Não tenho dívidas. Nem ele. Assim, ficamos livres pra as palavras, os afetos (e os excessos) do dia seguinte. Sem pedir. Sem pensar. Porque “sentir” não tem mesmo definição e exige espaço na alma, desejo na boca, coragem na ponta dos dedos. Coragem pra tocar. Coragem pra ter.
Adorei tudo o que vc escreveu, mas discordo de uma parte... rsrsrsrs. Não fui a única da gangue não! Se olharmos bem de perto, fica claro que todas nós estamos vivendo “mais do que palavras”.
Tudo ao seu tempo... as providências são necessárias, mas em cada organismo provoca uma emoção diferente. A emoção que cabe em nós.
“Seletas emoções”... rsrsrsrs.
Beijo enooooooooooorme!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Volúpia

Sei o que falta dizer, mas não digo. Quero é sentir, até transbordar. Até que o vento nos abençoe. Até que o céu acaricie nossos lábios num beijo de contemplação.

Até que se perca o desejo de fazer sentido. Vamos abraçar as sensações. E tocá-las com as pontas dos dedos, uma a uma. As minhas, as suas, as de um mundo inteiro de poesias e amores (contados e cantados).

Perdoe-me, que ainda não posso dizer. Mas aqui te ofereço as minhas palavras mais voluptuosas. E as homenagens mais fascinantes e improváveis, que todos os meus sentidos se dedicam a perceber (e descobrir) você.

É uma insanidade desmedida se apaixonar assim. Especialmente se for a dois. A paixão é o vendaval que vai mudando tudo de lugar - até deitar os nossos corpos um no outro.

É isso. Quero o mais. Quero tudo. O merecimento do amor, antes que ele mesmo venha.

Daí então, direi.
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PS: Antes de terminar o texto, fui interrompida duas vezes. Primeiro era você ao telefone e eu adorei. Depois, era um programa na TV Cultura onde a Leni Andrade (maravilhosa) cantava. E eu tive que parar. Entre uma música e outra, ela disse:
“Eu não me importo se morrer numa letra. Eu pago o preço da palavra.”
Eu também.

PS2: Tati, seja bem-vinda, no blog e na minha vida. Sinto que temos muitas histórias incríveis p/ viver juntas. Aêêêêêêêêêêêêêêê!!! rsrsrsrsrs

PS3: Lelê e Pimentinha: amo vocês. E não é do mesmo jeito que amava antes. É mais. Cada vez mais. Em breve vou publicar a nossa história (e a nossa emoção) por aqui.

PS4: Menino danado. Todos os dias ele me inspira. Daí eu falo, escrevo, floresço, confesso. E ele lê e relê todas as entrelinhas. Ele sente o que eu digo e entende o que nem eu entendi. E me mostra. E me beija... e me ganha (e eu aproveito pra dar um pouco mais do que já é seu).

domingo, 19 de julho de 2009

A gravidade

Ele chegou. Veio de longe. Com fome e o corpo cansado. Carrega o mundo nas mãos. Tem peito, tem fé. Mas a fé também cansa. E então ele me abraçou como se voltasse pra casa. Tive medo de sempre ter pertencido àquele homem, sem saber. Me fez mulher – de um jeito que talvez eu nunca tenha sido.

Logo eu, que sabia tudo. Das paixões e dos senões. Logo eu, de mochila nas costas e caneta na mão. Especialista em emoções descartáveis e amores inventados. Logo eu, tão segura em minhas confusões. Tão confortável no palco desse espetáculo, mantendo a pose de estrela diante de um público fiel (e estrategicamente) distante. Nos bastidores eu tirava a maquiagem e não deixava que ninguém ficasse muito tempo. Só o tempo suficiente pra não fazer falta, nem cócegas. Pra não doer. Pra manter em segredo os medos que aprendi. Pra manter guardado o caderno que esconde a minha coleção de elegias.

Mas ele chegou, e não cabia numa noite. Subiu no palco comigo e sua voz encheu meu coração de lembranças que ainda não vivi.

Trouxe beijos que não têm fim e olhares que descobrem as minhas verdades mais íntimas. Já sabe dos meus sorrisos e dos meus dissabores. Já sabe dos meus tons. Os doces, os graves, os amargos, os agudos.

Ele escolhe as palavras e eu escrevo. Ele escolhe os minutos e eu padeço de uma loucura doce – é preciso coragem pra deixar de ser só.

Dei a ele minhas horas, minhas relíquias, minhas canções preferidas e meus melhores beijos. Ele segurou minha mão. Me deu seus olhos, permitiu que eu fosse a primeira a visitar algumas de suas mais ricas emoções.

E se refez em nós uma espécie de virgindade. É um amor casto que vive em pecado - enfeitiçado.

Larguei a mochila. Não quero mais bagagem. Quero as mãos e o coração livres. A felicidade despenteia e não posso mais voltar.

E ele que não cabe em uma noite, se espalha em mim. Reluz.
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PS: Lembrei daquele garoto que no dia seguinte me perguntou qual era a “gravidade do nosso relacionamento”. Agora sei de uma paixão que é grave. Gravíssima. Não tenha pressa de ganhar a aposta, que eu não tenho pressa de perder. Não tenho certeza (nem dúvidas). Tenho você – e sou sua, cada vez mais fundo (...).

PS2: A paixão é mesmo a infância do amor. Então, vamos brincar?

PS3: Lelê e Camilinha: por aqui, a inspiração teve uma crise de fertilidade. No meu jardim, as mangas crescem mais bonitas que as flores... rsrsrsrs. A gangue é sempre bem-vinda no meu jardim e na minha vida. Obrigada pelo carinho, pela cumplicidade, por tudo, tudo, tudo.

PS da Toty: Essa semana você exagerou. Me deu de presente as palavras que significaram a nossa história. É mesmo um milagre. Um milagre que nasceu em terreno infecundo e transformou tudo ao seu redor. De tudo o que aprendi com você, o mais forte foi um tipo de amor que eu não tinha experimentado antes: o amor do perdão. O que invade quando se perdoa, e quando se é perdoado. Só agora eu percebo (e pratico). Lindaaaaaaa... obrigada é pouco. Amo você.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Rascunho

Ele não sabe. Mas quando sorri, se entrega à minha entrega. E somos dois largados nos vãos sinuciosos dessa paixão cheia de detalhes. Os toques, as entrelinhas, as palavras. Os silêncios. Ah, os silêncios com gosto de vinho e a boca cheia de felicidade e comoção.

É quando somos um só. Somos o segredo um do outro. Um no outro. O beijo pra consumar. Um toque de ciúme pra sombrear. O desejo que fascina, sem juízo, sem promissórias, sem pudores.

Experimento sermos nós. Animais. Surreais. Suficientemente de olhos abertos, com um maço de páginas em branco e fantasias. As mais belas fantasias.

Te empresto a minha caneta. Escreva o que quiser em mim. Escreva a nossa história. Quando foi?

Como foi que me tornei sua?
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PS1: É possível me apaixonar mais? E se eu publicar seu nome? E se eu tatuar? E se no dia seguinte, for ainda mais e cada vez mais, sua?
Meu rascunho é seu. Faça o que quiser (tudo o que quiser).

PS2: Lelê, overdose de nãnãnãnãnãnãnãnãs. E se não fosse você, eu não teria resolvido aquela história, não teria recebido o meu perdão. E não teria mordido essa fruta suculenta. Essa manga rosa de olhar e braço forte. Ele me inspira a ser cada vez mais eu mesma. Minha e dele.
Mas você, minha amiga-irmã, também me inspira a ser eu mesma. O tempo todo. Quando me abraça, quando me obriga a cantar (rsrsrsrs) e a escrever, e a sentir. Também amo você.

PS3: Da Manga rosa, eu quero o gosto, o sumo e tudo o mais. Não fique com ciúme (rsrsrsrsrs). A Lelê já disse que também ama você. E somos todos da gangue dos que se apaixonam e se emocionam até lambuzar. E eu quero mais é que o mel escorra, e que essa paixão seja febril... é um doce que transborda e respinga em todos ao nosso redor. Beijo, beijo, milhões de beijos (e reticências impublicáveis).

PS4: Totyyyyyyyyyyyyy... ter você de volta (e sempre) não tem preço. Terapia? Isso aqui tá mais p/ Cafuzioterapia... rsrsrsrs. A minha admiração cresce enlouquecida. Obrigada pela emoção (e pelo eco – que meus textos continuam sendo concluídos pelos seus).

Diário de Bordo

Até a caneta escorrega. Corre mais macia. Porque eu mesma sofro de uma maciez que tem nome, sobrenome e voz.

E que voz. Quero uma caixinha de música que cante você.

Quero no teu ouvido dizer as coisas que não posso publicar.

Quero a tua versão acústica na minha barraca, no meu quarto, nos meus quadris.
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PS: Talvez o meu colchão inflável tenha um furo. Ou talvez, seja o meu corpo que é pesado sem você. Ou... o vazio se propaga. Contagia.

PS do PS: Começou a chover. As meninas dormiram bêbadas. Também bebi, mas continua tudo igual. (...) É mais forte que o barulho do mar (e o mar tão perto). E você... nem sei. O celular não pega, os orelhões não funcionam, e a paixão sorri. Porque até sentir a tua falta é bom. Tem gosto de beijo que fica guardado. Segunda-feira eu te dou. (...) Além de você, faltaram as estrelas (o tempo tá muito feio e acho que não vai melhorar...).

quarta-feira, 8 de julho de 2009

As meninas

Todas as minhas meninas são suas. As dos olhos, as da alma. As que desejam, as que têm medo. Até a mais rebelde e impetuosa, Chica da Silva, se apaixonou.

E não me peça explicação. Sou toda sua e nem sei porquê (mesmo que o porquê seja junto, separado, com ou sem acento, ainda é porquê sem nome e sem razão). Deve ser divino. Deve ser possível. Deve ser algo que caiba em nós.

Deve ser que não consigo ficar sem você nem um dia. Nem uma hora. Nem uma vida.

Deve ser que o seu beijo embriaga. Enaltece. Enlouquece sem absolvição.

Deve ser que sou tua. Toda. De um princípio tímido ao fim. E que o fim seja um cometa. Que não exista. Até que venha o céu desaguar em mim.

Até que venha você. Com seu braço forte e seu perfume. Que venha de uma vez. Que não deixe rastros nem destroços, que seja o homem que cabe em mim.

E que caiba em mim. Sem mais, nem menos. Que seja o meu pecado na boca, que tire o meu sono, que acorde ao meu lado e que não seja um sonho nem um delírio.

Que seja você. Nos detalhes, nos olhares, nos sussurros. Na porta do prédio, na beira de uma paixão, nas suas mãos no meu rosto e no seu olhar em mim. Tão forte. Tão majestoso. Tão seu em mim.

Eu já sou. Deliciosamente apaixonada por você.
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PS: E agora? Não me desafie, que eu posso tudo e quero você. Vou sentir sua falta esses dias e na volta, vou te buscar. Sou tua. De um jeito irreversível. De um jeito, que só sendo. E mais.

domingo, 5 de julho de 2009

Falta

Ele não conseguiu largar o cigarro. Nem conseguiu perceber que, como já dizia o poeta, “todas as coisas são pequenas”. Também não percebeu que era maior e mais forte que todas aquelas ausências e angústias que lhe doíam no peito, nos músculos, nas mãos.

E nós, não conseguimos perceber que aquela raiva que ele usava pra preparar a massa, era raiva da própria vida. Por tudo o que lhe faltava. Por tudo o que não havia mais. E o pouco que lhe chegava era um susto. Era um medo danado de novamente ter, porque era quase certo perder.

Logo ele, que surpreendia o nosso paladar, que dominava a alquimia dos pratos e nos oferecia um banquete. Um banquete com os seus sabores. Mas das pessoas, não sabia a medida. E quase sempre exagerava. Quando não, desistia antes mesmo de tentar. E perdia o ponto. Um resto de amor amargava no céu da boca.

Até que o perdemos. Porque se ainda restava alguma coragem, foi a que usou pra apertar o gatilho. Salgou demais. Perdeu o ponto de si mesmo. Deixou pra nós o sangue derramado, a marca da bala na parede e uma sensação incrível de que poderíamos ter feito mais.

E foi uma sucessão de cenas trágicas testando os corações mais fortes que eu conheço. Da notícia ao sepultamento, era um vendaval funesto derrubando os muros da nossa fortaleza. Era a pior das desgraças testando a nossa fé. Todas as dores do mundo batendo ali. Ninguém ficou de pé.

Nem sei quantas vezes ouvi a frase: Mano, não dá pra acreditar.

É. Não dá mesmo. Nem vou tentar. E quando acordar quero Sol. Quando acordar, vou sorrir.
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Sonho Meu
Xis - Composição: Mayra

Tento acreditar que foi um sonho.
Nossa... Pra explicar ou entender vai ser foda.
Um rolo compressor, como se fosse,
o mais fudido, devastador, impacto fulminante.
Não me restou uma saída ou outra chance, não.
Por um instante pensei que era aquilo e só.
Tristeza de dar dó, desilusão com tudo,
caiu meu mundo eu me senti só o pó.
A gente acredita vai e se dedica mata morre por alguém,
por algo que se tem.
Porém, no escuro pelas costas vem um tiro,
fecham-se as cortinas e você não é mais ninguém.
Última cena, último ato, a dor...
Porcos festejam sobre o corpo de um defensor.
Que dedicou... Enfim... O máximo de si,
que então tentou então tentou e se fudeu no fim
Não sou ator isso aqui não é novela
Real realidade eu faço parte dela
Num tô entre um comercial e outro e tal
Passando a rola e pah na pilantra da atriz principal
Eu tou falando de traição de pilantragem
Minha poética versão minha verdade
Mais apurada sincera que Deus me deu
Até parece que foi sonho meu

Sonho meu... Até parece que foi sonho meu
Sonho meu... Como faz falta um abraço seu
Não vejo a hora de isso tudo acabar
Me dá uma chance eu quero acreditar
Que nada dessa porra aconteceu

Seis da manhã
A insônia me pegou me fudeu trouxe a lembrança
Nada de chá nada de café
Eu quero é um gole de amor de esperança
Paz de criança dormindo, ligou?
A tática perfeita o respeito o amor...
O coro Oh! oh! A gíria! morô?
A última ponta de luz puxou?
Talvez um dia lá você esteja louco lá
Com o dedo no gatilho suando frio pronto pra atirar
Firmeza seu mano e você firmeza
O plano definido a fita derradeira
Não falo de contrato eu falo de amizade
O fato é o que eu falo e o que eu faço e com cumplicidade
Na malandragem do bem quem liga, ligou
Sou quem rima o terror, tô na paz do senhor
Ei meu mano num atirou, pipocou
Faltou disposição na ladeira, me abandonou
Aonde estou? que treta? que fita?
Está é minha vida hehe... cê acredita?
Em um instante tudo se perdeu
Quem é você? me responde.. quem sou eu?
O fim da linha por um erro que se cometeu
Até parece que foi sonho meu...

Sonho meu... Até parece que foi sonho meu
Sonho meu... Como faz falta um abraço seu
Não vejo a hora de isso tudo acabar
Me dá uma chance eu quero acreditar
Que nada dessa porra aconteceu

Fui humilhado, tratado como um nada, um bosta!
Inocente ou culpado.. agora não importa. bosta!
Perdi a vida, fecharam-se as portas. bosta!
Não tive média me expulsaram da escola, bosta!
Minha ferida não cicatriza, é foda!
Tudo o que passei o que sofri.. quem se incomoda?
Como é foda saber que a causa é uma bosta
E a conseqüência na sua cara engatilhada é foda
Passa o dia passa a hora passa o tempo... passa a bola
É foda, minha memória infectada descontrola
Abala o corpo e sobra a alma pra vitória, bosta!
Um pobre dialeto que me sobra, vi violência pura
me tortura, como é foda! sonho um dia ser feliz
Sair da bosta um salve pras cadeia do país
Paz e Glória...

Sonho meu...
Até parece que foi...
Sonho meu
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PS1: De tudo, houve uma coisa incrível: ficou claro que somos uma família enorme, de um amor e uma força que comovem. Amizade é uma palavra que não define essa ligação. É um parentesco que construímos no dia-a-dia. Nas ruas da Vila Inglesa, nos abraços, nos vãos, nas curvas - mesmo quando as curvas terminam na porta do cemitério. Amo vocês.

PS2: Agradecimento especial à gangue da força: Gih, Lelê, Tati e Camilinha. O que vivemos esses dias não vai passar. Mas se estivermos juntas, mesmo que o Sol não venha a gente vai buscar.

PS3: Também preciso agradecer a gangue da Paulicéia. Parceria total. Obrigada por acolherem nossas lágrimas, pelo carinho, pelos cuidados, pelo braço e abraço forte, pelo colo e pela cachaça que lavou nossas almas... rsrsrs. É nóis!

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Destempero Hormonal

Cheguei em casa com a sensação que carregava um fardo de oitenta quilos. Tomei um banho longo, com direito a sais, óleos e reflexões. Soltei os cabelos e coloquei um vestido antigo, desses bem ripongas, arrastando no chão. Queria me sentir livre. Solta. Avessa a qualquer padrão.

Não tinha ninguém em casa e agradeci aquela solidão. Acendi um incenso e um cigarro e comecei a procurar. Nem sei o quê. E nem que encontrasse saberia. Alguma coisa que calasse aquela angústia. Era a TPM. (E agora ao fundo, tocaria aquela música do filme “Tubarão”).

Maldita. É ela. Que chega mansa e de repente toma conta das vírgulas, das brisas, do sim e do não. Um ponto vira um drama shakespeariano. Uma lágrima vira dilúvio e um comercial do Bradesco vira emoção.

O chocolate passa a ter poderes sobrenaturais. E as vozes te irritam, as pessoas te irritam, as flores te irritam.

O corpo começa a mudar. A pele, o cabelo, a cintura. As dores, as espinhas, os hormônios demais e os hormônios de menos. E o útero já começa a se movimentar, nas preparações pra disputar o rally dos sertões. O problema é que o sertão nesse caso é o seu corpo e a cólica não tem fim.

Com tudo isso acontecendo, é fácil (muito fácil), chorar. Daí a solidão que há um segundo atrás era tão conveniente e macia, passa a desesperar. E tudo o que você quer é colo. E tudo o que você sente imediatamente, é raiva por precisar de colo.

A TPM é mesmo um destempero. Sem remédio. As mulheres que cometem crimes nessa fase, deveriam ser absolvidas. É justo. Não há lucidez que sobreviva.

Aos amigos e amores, recomendo paciência (ou distância) nos próximos dias.
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PS1: Minha TPM é crônica. Mas minha prima tem a pior de todas as mulheres da família. Durante a adolescência, ela namorava um cara (coitado!) e todo mês, nessa fase, surgia uma briga séria (por um motivo geralmente ridículo) e eles terminavam a relação, definitivamente. Ele sofria, mas com o tempo entendeu que era “definitivo” até passar... rsrsrsrsrs.
Acho que ele aproveitava as férias mensais p/ jogar vídeo-game, soltar pipa, fazer as baladas que ela não gostava, enfim. Em seguida voltavam a namorar.
Até o dia em que ele cansou. E não voltou mais.

PS2: Alguém aí conhece um remédio bom p/ TPM? (Alguma coisa que não inclua isolamento ou internação). Socoroooooooo! rsrsrsrsrs