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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Adoração

É que no auge da minha loucura, preciso admitir que teu cheiro é uma necessidade. Que teu beijo talvez seja a minha cura. De um talvez tão certo quanto respirar.

E respirar, meu princípio básico, soa como supérfluo. Que necessário mesmo é você. Que a minha pele com a tua vira mundo. Amor sem vergonha de sê-lo. Sem censura. Poesia de sentir, sem métrica ou convenções. Sem a dança morna das palavras que ensaiam e definham sem ao menos experimentar o precipício que é a ponta da língua. O palco.

Ah, meu amor. Beijo tuas palavras e sei que devoras as minhas. Nossos sonetos terão quantos versos quiserem SER. E nossas rimas tortas farão sentido na cama. Despidas e livres sobre os lençóis.

Alforria, meu bem. Quiçá descobriremos lascívia em todas as palavras.

Escreva teus desejos em mim. Os insanos.

Aqueles que têm nos roubado o sono e a paz.
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PS dele: Outro dia, quase nos perdemos. Luxo que atribuo à licença poética que vivemos. Ela é que permite ir e vir. E ficar. Então ficamos um no outro, bem dentro. Ao alcance das palavras que inventamos e que ressignificamos (adorei “duoelo” – e adoro adorar você).

PS da Bruna Quesada: “Alê, ele mexeu tanto comigo que escrevi uma cafuzice”. Amiga, coisa mais linda de ouvir. E de sentir. Quase de chorar. Como é que eu poderia imaginar que um dia, “cafuzice” estaria no dicionário (e na vida) de alguém que não eu – essa louca aqui? Rsrsrsrsrsrs. Garanto que fiquei tão emocionada quanto seu muso. Talvez menos, que ele com certeza sentiu na alma cada uma das palavras e vírgulas que leu (e viveu) com você. É seu o meu “obrigada” mais bonito... :)