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terça-feira, 5 de maio de 2009

De alma, mala e cuia

Vou explicar. Não que eu devesse, nem que você merecesse. Mas se mesmo o amor não é questão de merecimento, que dirá o desamor.

É só que não quero mais. E se um dia eu quis, foi por pura criatividade – vã. Essa mania de achar que sentir é o suficiente. É que o desejo não é um vírus que se espalhe, nem herança que se aproprie. O desejo é ser. E eu sou tanto...

Não tenho tempo, menino. Não tenho dúvidas. O que tenho é um mundo inteiro para desvendar. Enquanto você entra na água com a ponta dos pés e se preocupa em proteger os cabelos. Você de touca, e eu de alma, mala e cuia.

Me poupe dessa indecisão que eu te poupo da verdade. Recupere o fôlego. A minha intensidade dói. Abra a janela, deixa a vida entrar. Acene pra mim, que vou longe.

Sou livre, até de mim mesma.
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Pura coincidência. Só depois de escolher a música (por causa da voz da Dona Nana Caymmi), descobri que é do João Donato:

Até quem sabe

Até um dia, até talvez
Até quem sabe
Até você sem fantasia
Sem mais saudade

Agora a gente
Tão de repente
Nem mais se entende
Nem mais pretende

Seguir fingindo
Seguir seguindo
Agora vou pra onde for
Sem mais você

Sem me querer
Sem mesmo ser
Sem me entender
Vou me beber

Vou me perder
Pela cidade
Até um dia, até talvez
Até quem sabe
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PS1: Game Over. Desculpe falar da touca só agora. É que foi... surreal. E “não falar” fazia parte do meu amor-autista.

PS2: Cunha (meu cunhado preferido – não porque é o único... rsrsrs), seja bem-vindo às minhas confusões escritas, descritas e benditas. Eu tentei disfarçar, mas chorei com você ao telefone. Porque senti daqui sua emoção. É que você me conhece tanto, que achei que não faltasse mais nada. E faltava. Faltava você conhecer a Dona Cafuza. Seja bem-vindo!!!
Tô colocando mais água nesse feijão... rsrsrsrs

PS da Toty: “Acho que amo sempre. Não pra sempre”. Às vezes até me assusto quando leio vc. Pq existe alguma coisa que sempre corresponde às minhas emoções. E eu fico pensando que vc sim, conseguiu descrever. E quando escrevi esse último texto (especialmente confuso), esperava que de todos, você, fosse mesmo entender. Mas você não entendeu. Sentiu. Viveu, transcendeu... Menina, o que é isso? Rsrsrsrsrs. Beijo especial (com dose extra de admiração, de respeito, de querer-bem. De querer muito bem.).

3 comentários:

TOTYNIX disse...

Eu é quem agradeço Alê. Meu eterno agradecimento pelo seu carinho. Saiba que eu,não sinto diferente. Sinto-me em casa aqui. Sinto meu coração em suas palavras.Tudo cada vez mais lindo. Você, cada vez mais livre. Beijo mais que especial.

Anônimo disse...

Dá-lhe Lelê!!!
A touca e o verbo conjugado no passado para o amor autista foram de uma sutileza impressionante!!!! rsssssssss
Alê, o que seria da poesia se não houvesse a vontade danada de viver um grande amor, de fazer uma linda história e depois a realidade... triste realidade que alimenta os versos...
Beijos,

Unknown disse...

Alê lê lê... vc me deixa cada dia mais privilegiada de ser tua amiga, de ter te conhecido.... conhecer vc foi.....: ??? inexplicavel.... falando tarde mas, :A verdade é que gostamos de gostar. E não há mesmo nenhuma diferença entre as mulheres de quatro e as de trinta anos.

Não preciso nem dizer, né?
Big beijoss.

Aninha.