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domingo, 6 de dezembro de 2009

Mais do mesmo

Fiquei com aquela sensação de perda e violência. É um assalto. Vai, vai, vai!
Ninguém perguntou se eu queria ir. Ninguém anunciou aquele relâmpago de injustiça atropelando as nossas vidas e as nossas mais doces expectativas. Aquelas, de sábado à noite. As melhores. Eu ia encontrar você.

Fui, ainda mais despedaçada que de costume. Assustada. E você, que nunca fica o suficiente, foi ainda mais comedido em sua entrega. Onde aprendeu que é engraçado ameaçar tirar o doce da boca de uma criança? Você sabe. Ou é bom ou ruim. Não ameace. Deixe ou arranque logo esse doce. Em cima do muro você pode cair. E na queda, não terá tempo de escolher um dos lados.

Não sei. Ainda não sei. Se estamos no final do primeiro tempo ou do segundo. Se haverá um intervalo ou o fim do campeonato inteiro. Sei que eu mesma já não sou inteira. Fico esperando acordar e gostar menos de você. Fico colecionando motivos para rir desse amor. Até que um deles me convença. Até que um deles cure o meu desejo sem medida e a minha fome burra.

É fome de você. E há tempos seus beijos não matam a minha fome. Há tempos, somos menos do que gostaríamos. Bem menos.

Talvez seja a hora de mudar de time. Quem sabe, mudar o jogo.

Afinal, o que é preciso mudar? Quantas verdades são necessárias pra eu lembrar de onde vim e pra onde vou? Pra onde vou?

Sem você.
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PS: Não estava nos meus planos desejar que esse amor fosse menor. Aliás, não estava nos meus planos que fosse amor. Mas, da mesma maneira que veio, vai.

Vai ser feliz.

Não sei o que fez com as outras melhores coisas que aconteceram na sua vida. Não sei o que fez com as piores.

Mas sei tudo o que não fez. Tudo. E essa é a pior parte. Tudo o que não fez.

E eu estou nessa categoria: das melhores coisas que aconteceram na sua vida - e das mais negligenciadas também.

Então, faça alguma coisa, se quiser. Eu, não quero mais. Amor negligenciado dói mais que amor perdido... Quem diria que ser correspondida poderia ser tão ruim?

Vivendo e (des)aprendendo...

E lá vou eu, dizer os meus primeiros “nãos”, pra você. Logo você, que ouviu os meus melhores sins.

E o tempo? O que o tempo dirá?

PS da Toty: Querida... perfeito! Um brinde à verdade! Outro brinde, à ambiguidade do amor e da vida. Que afinal, p/ ressaltar as verdades é preciso que existam as mentiras. Beijo!

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