(...)

(...)

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Ainda

Sentir tua falta não é o maior dos meus problemas. Nem de longe. De perto, é quase um buraco que se abriu no peito e eu acostumei, passiva. Esse buraco dá até uma cadência, quando pulo pra não cair. Quando esqueço que olhar pode ser o fim, pode ser aquele passo não dado, daquele samba que insiste em tocar.

Eu, que quase não sambo, de medo e respeito. Medo danado que alguém me olhe como você. Que alguém me tome. Daí, vou ter que encher esse buraco de terra e vestígio. Daí, nosso amor vira fóssil, vira a página, vira espetáculo final no circo. Palhaço triste, pipoca murcha. Boca enfim descolada, amor de mal-dizer, de mal-sentir.

Enfim, tua covardia persegue meus dias. E eu, mesmo quando me encontro, me perco. Ainda quando o outro me vê, me escondo. Cheia de vergonha, de ainda ser tão tua.
________________________________________________________
PS: Só porque, não pretendia mais tocar nesse assunto. Esse assunto: você.

PSDoido: Acordar no peito dele tem ressignificado meus dias. Acho até que mais uns dois dias desses, vou me arrepender por ter esperado tanto. Mas, isso fica pra outra cena, é outra coisa. É provavelmente, demais.

PS das Meninas: Gabis, Vegas... e a Erika Baduh, e a Lauryn Hill que chegou no final. Meu agradecimento pela cumplicidade... tamo junto! Rsrsrsrsrs

Um comentário:

Anônimo disse...

Bom, como sempre.
Maior poder de síntese para dizer coisas além das coisas.
Tá fincando bons alicerces usando palavras boas. nheengatú.
Continue