(...)

(...)

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Pipoca

Cheguei em casa. E só penso que o coração dela não suportou. Que amor demais dilata as veias, as ruas, a vida. Fica sobrando nos cantos, quebra as calçadas e as condições.

Também não tenho condições. Sou menina mimada, de roupa limpa e comida feita. De amores instantâneos, feito 3 minutos no microondas, pipoca barulhenta que sacia.

Tenho é medo. De não chegar, de não ter ombro que aguente. De não ter sorriso, nem tempo. Tenho é precisão de ser mais. De ter algum motivo que me caiba, que me baste. Que me mantenha acordada e livre.

Que eu pensei que era simples, não fácil. Pensei que era assim, viver e pronto. Sem precisar das outras vidas e de outros porquês.
____________________________________________________________________________________
PS Definitivo: Ao amigo que me abraçou, desejo que a vida nunca cobre de ti a minha dívida. Que a sua ternura escorra, nua. Que seja um sopro de lucidez na tua (e na minha) alma. Ao que recusou meu abraço, desejo que nunca precise do meu. Que ainda assim, vou dar. Sou das que ama sem pretensão.

PS Triste: Não sei como seguir. Nem sei como haverão dias seguintes. É verdade que não tenho fôlego, nem razão. Exagerada, desesperada. Mas com alguma fé e um anel. Bem longe do que eu pretendia. Indo...

PS da Gigi: Ela tem dois anos. Nem sabe o quanto é bonito quando diz que quer “picoca”. Nem sabe que eu inventaria, se não existisse. Amor demais. Que faz a gente olhar por cima e além. Gigi, ainda bem. Que você existe aqui, bem diante e bem dentro de nós
.

Um comentário:

Bertho Horn disse...

Muito, muito, muito muito BOM!
Muito mais que demais.
Li alguns Amei todos.
Quem sabe, mais adiante, não ilustre alguns... Pois combinam com algumas coisas minhas hehehehehe...
Vontade tenho, claro.

Fica bem.

Paz pra ti.