Ele gosta do meu jeito de andar e se lambuza com uma doçura que eu não reconheço nesse espelho turvo, há pouco esfumaçado.
E eu... gosto do seu cheiro. O cheiro que deita em mim quando me abraça. Gosto quando me olha sem querer ser visto. E quando me deseja, sem a pretensão de ser benquisto.
Gosto das suas confusões desafiando as minhas. E das suas precauções exageradas, num presente descuido de si mesmo.
Gosto de descobrí-lo num beijo. Gosto quando percebe meu corpo amolecer e toma todo o meu fôlego em suas mãos.
Gosto de assistí-lo, orquestrando meus sentidos enquanto distrai a si mesmo e aos seus fantasmas.
E eu... atenta na platéia. Vou tomar o microfone e experimentar um tom. No intervalo, posso beber você?
_________________________________________________________
PS (quase desnecessário): Definição de “INTERVALO” segundo o Mini-Aurélio: Substantivo masculino.
1.Espaço entre dois pontos ou duas coisas.
2.Espaço de tempo entre dois fatos, duas épocas.
3.Música: Distância que separa dois sons.
Nada aqui tem a pretensão de fazer sentido. Nem mesmo temporal. É um espaço dedicado ao haver. Ao exagero. Às emoções. Vivas ou mortas.
(...)

domingo, 31 de agosto de 2008
sexta-feira, 1 de agosto de 2008
Una
Não se preocupe. Também tenho cacoetes na alma. Calos na personalidade, como se fosse personagem de um filme do Almodovar.
Mas são os calos que tornam a pele ainda mais resistente, embora eles apenas coroem e denunciem os nossos aspectos mais sensíveis.
É a nossa vida, moço. A história, a bagagem, a música, as cicatrizes. O beijo. Aquele beijo, roubado na cozinha, há um mês.
A verdade é que você me inspira. Me inspira a ser fiel a mim mesma e aos meus desejos. Quero te contar meus segredos. Quero que ouça as canções do meu lado B. Quero que me dedilhe. Experimente a harmonia enquanto educo meus sentidos pra te perceber (e receber).
Desejar você é um privilégio. Ter você é uma surpresa que deslumbra. E me perdoe, pois nem sempre tenho calma. A urgência foi a herança que a vida me deixou.
Um brinde à nossa primeira manhã.
Ainda que no paraíso, na Barra ou na ingênua (e diária) guerrilha pra salvar o mundo... Me dê a mão, vamos sair pra ver o Sol...
_____________________________________
Estrada do Sol
Composição: Dolores Duran / Tom Jobim
É de manhã, vem o Sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí, sem pensar
No que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair
Pra ver o sol
Mas são os calos que tornam a pele ainda mais resistente, embora eles apenas coroem e denunciem os nossos aspectos mais sensíveis.
É a nossa vida, moço. A história, a bagagem, a música, as cicatrizes. O beijo. Aquele beijo, roubado na cozinha, há um mês.
A verdade é que você me inspira. Me inspira a ser fiel a mim mesma e aos meus desejos. Quero te contar meus segredos. Quero que ouça as canções do meu lado B. Quero que me dedilhe. Experimente a harmonia enquanto educo meus sentidos pra te perceber (e receber).
Desejar você é um privilégio. Ter você é uma surpresa que deslumbra. E me perdoe, pois nem sempre tenho calma. A urgência foi a herança que a vida me deixou.
Um brinde à nossa primeira manhã.
Ainda que no paraíso, na Barra ou na ingênua (e diária) guerrilha pra salvar o mundo... Me dê a mão, vamos sair pra ver o Sol...
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Estrada do Sol
Composição: Dolores Duran / Tom Jobim
É de manhã, vem o Sol
Mas os pingos da chuva que ontem caiu
Ainda estão a brilhar
Ainda estão a dançar
Ao vento alegre que me traz esta canção
Quero que você me dê a mão
Vamos sair por aí, sem pensar
No que foi que sonhei
Que chorei, que sofri
Pois a nossa manhã
Já me fez esquecer
Me dê a mão vamos sair
Pra ver o sol
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