Troquei de perfume, porque não quero que reconheça nada em mim.
Nada aqui te pertence, da minha pele aos meus cabelos ásperos, nem o mais fugaz dos desejos. Nem aquela pontinha de loucura, que faz a gente passar reto na curva depois de algumas doses. Que faz a gente dar o beijo que não devia. Nada é seu. Nada, neguinho.
Não ouse me tocar. Nem cumprimentar, nem agradecer. Não ouse me guardar no álbum de lembranças boas, que sou ruim. Sou daquelas que, ou se ama ou se odeia. Ou se quer, ou se teme. Feito oferenda pra Exú em dia de mau humor.
Chuta, nego. Que é macumba. Mas chuta com força, porque na volta, acerto teu peito e te arranco a alma no dente. Só pra guardar de alegoria. Que quando a minha saia roda, nego... nem preto véio fica de pé.
E você que é novo, e nem tuas verdades sustenta, não vai suportar minha ventania. Quiçá minha voz. Com essa cegueira na alma, nem vai perceber se eu juro ou se esconjuro.
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PS1: Vou repetir: “Não ouse me guardar no álbum de lembranças boas, que sou ruim.” Sei exatamente o tipo de gente que quero na minha vida. E o tipo que não admito. Sem essa de faxina no face, se na vida real a gente continua gastando vela com defunto ruim.
PS2: Bruna e Val, minhas cúmplices da noite. Mudei o final (na verdade, “amenizei”), porque quando percebi, já estava gastando energia demais sorrindo, brincando, dançando. Fome na alma... prazer imenso saciar com vocês. Gratidão!
PSdoBibo: Se eu te abraçasse tanto quanto te amo, você morreria (emprestado da poetiza Bia Quesada).
3 comentários:
Foda!
Foda!
Fodaa!
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