No céu da minha boca, cintilam estrelas pra cada um dos meus pecados. Uns brilham mais que os outros, e todos têm um quê não de saciedade, mas de gula. Que vivo mesmo gulosa, cheia de vontades e caprichos. Me dou. Me dôo. Encho a boca e a alma do que, na ponta da língua, me faz bem. E nem sempre o bem dura tanto. Por vezes vem aquele fim amargo, prazer de licor que no último gole, assusta. De boca cheia, é tarde. E tão cedo pra censura, que logo esqueço dos meus exageros, das noites em que vivo (e que morro), como se não fosse quem eu sou. Como se não fosse de quem eu sou.
São meus os dias. São minhas as manhãs descabeladas e descabidas, no peito que nem sempre me cabe. Às vezes, meio rosto, um só dos seios, meias palavras e poucas verdades. Que a verdade inteira, já me tomaram. Já me roubaram a rima e o jeito.
Ele devia era tomar logo um porre. Devia beber minha garrafa, meu segredo inteiro. Devia era empurrar meu violão, rasgar meus livros e a minha calcinha. Devia parar de me olhar pelos cantos e morder logo a minha alma.
Eu que, ainda, não caibo na minha cama sem ele.
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PS: Baby, te amo. Nem sei se te amo...
Nada aqui tem a pretensão de fazer sentido. Nem mesmo temporal. É um espaço dedicado ao haver. Ao exagero. Às emoções. Vivas ou mortas.
(...)
sábado, 26 de julho de 2014
sábado, 5 de julho de 2014
Varzeando
É possível que o Brasil passe da Alemanha e alcance a final. Mas, nós dois, com essa bola murcha e dividida, ficaremos aqui mesmo, nas quartas. Zero a zero sofrido, juiz cego, manco e sem mãe.
O cara veio descalço, craque de várzea quase indo pro brejo. E eu esperando golaço, com coreografia e coração. Padrão FIFA.
Nem ordem, nem progresso, nem paciência pra prorrogação. E não me venha valorizar o lance aos quarenta e sete do segundo tempo, que eu mordo. Troco tua confusão por uma contusão e acho até que o cartão vermelho combina bem com meu batom.
Sem drama, mas não vou trocar camisa, nem saliva, nem rancores com você.
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PS: Ele não é o Neymar e eu não sou a Marquezine. Portanto, nada de joelhada nem bola nas costas. O jogo aqui é limpo, embora nem sempre as regras sejam claras.
O cara veio descalço, craque de várzea quase indo pro brejo. E eu esperando golaço, com coreografia e coração. Padrão FIFA.
Nem ordem, nem progresso, nem paciência pra prorrogação. E não me venha valorizar o lance aos quarenta e sete do segundo tempo, que eu mordo. Troco tua confusão por uma contusão e acho até que o cartão vermelho combina bem com meu batom.
Sem drama, mas não vou trocar camisa, nem saliva, nem rancores com você.
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PS: Ele não é o Neymar e eu não sou a Marquezine. Portanto, nada de joelhada nem bola nas costas. O jogo aqui é limpo, embora nem sempre as regras sejam claras.
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