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segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Pequenez

Não tenho medo de altura, mas uma barata com seus poucos centímetros de ousadia pode fatalmente me desequilibrar. Não tenho medo quando um grande amor se anuncia, mas um beijo despretensioso pode roubar a minha paz.

Adoro os romances com quatrocentas, quinhentas páginas, mas uma frase solta pode desnortear as minhas mais antigas convicções.

Não tenho medo das grandes verdades e são as pequenas mentiras que me apavoram, desprevenida.

E sofro tanto, quando percebo num altruísta aquele vestígio de mesquinhez... aquele egoísmo cego escondido entre as veias de um grande coração.

Ah, são elas. As pequenas. As minúsculas coisas que me preocupam.

Porque é fácil livrar-se de uma mariposa que ameaça pousar nos seus olhos. Mas aquele maldito cisco... é ele que vai nos fazer chorar.
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PS: ... Eu, com essa mania de grandeza, espero sempre que ao me magoar fulano(a) tenha um bom motivo. Um motivo enorme... daqueles dignos de sacrifícios e perdão.

Porém, se por trás do olhar dissimulado houver apenas um pequeno interesse, um desejozinho instantâneo, uma vaidadezinha bem pobre... Lamento. Pequenas causas não me comovem. Emoção chinfrim não enche a barriga (nem o coração) de ninguém. Mas é igual pedrinha no caminho, pra tropeçar. Que se fosse um paralelepípedo, quem é que não enxergaria?

PS2: Leandro Henrique, uma vez divaguei sobre o caco de vidro esquecido atrás do sofá... lembra? Agora são pedrinhas, mentirinhas, bobeirinhas humanas. Ai! As pequenas coisas a me preocupar...

Um comentário:

Nadine Granad disse...

Uau *-*
Escreveu pouco... e disse tanto!... Por isso, a pequenez por vezes me encanta!...
*exceto meu amor grandão ;)

...Não pensei nisso... nas pequenas coisas a preocupar (fiquei preocupada, rs)...
"Mas aquele maldito cisco... é ele que vai nos fazer chorar" - final sensacional!...



Beijos =)