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segunda-feira, 2 de março de 2009

Acabou Chorare?

Continuo aqui. Setecentos quilômetros (e algumas confusões) depois e você ainda vagando no perímetro das minhas emoções.

Insisto em qualquer bobagem pra me distrair. Outro desejo que amenize a presença da tua ausência.

Mas, nessa noite já visitei três livros diferentes. Experimentei temas, drinks e canções... Até perceber a verdade (e recebê-la com certa resignação):

Quero mesmo é você. Me contando como foi o seu dia enquanto rio da sua mania de fazer planos, contas e previsões. Quero você... pra jogar conversa fora e música dentro. Pra escolher o vinho enquanto eu pinto as cores dessa relação.

Por você inteiro, eu espero. Mas, borbulha uma urgência sublime... Pegue um atalho – dos meus sonhos à vida real.

Agora (quase agora). É o que você quer? Então terei que provar dessa reciprocidade num beijo. Quero que esse frio na barriga me faça desfalecer.

Tenho medo que você não leia esse texto. Mas, tenho ainda mais medo que leia.

Se nada disso fizer sentido, terá sido mais um exemplo de encontros e desencontros entre um homem e uma mulher. Uma dessas histórias que se repetem, condenadas à mediocridade. Amor mediano que não vira livro, nem filme, nem sonho. Fica ali nos cantos, acumulando pó.

Antes de vir, saiba que sou alérgica a pó, pêlos de gato e camarão. Nunca tive um cachorro. Sou ciumenta (muito mais por dentro que por fora). Às vezes falo demais. Às vezes não falo (escrevo). Minha TPM é crônica. E ainda gosto de você.

E se tudo isso fizer sentido? Vamos perceber? Vamos esquecer?

Vem me descobrir... Traga o violão. Eu levo o antialérgico e mais uma canção...

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“ACABOU CHORARE”
(Novos Baianos, brincando de fazer sentido há uns 40 anos)

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo

Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão

Abelha, abelhinha...

Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim

Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel

Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum
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PS1: Esse texto tem algumas referências de um poeta que sempre me falava sobre os amores medíocres. Outro dia ele escreveu sobre “a presença da Ausência Presente” e me marcou. Mais uma vez. Obrigada.

PS2: Totyyyyyyyyy... amei a sua nova mania de “não deixar de dizer nada”. E mais uma vez vc me emocionou. O “Motivo” não é só da Cecília Meirelles... é nosso!!! Rsrsrsrs
Eu continuo sem saber se desmorono ou se edifico, se permaneço ou se desfaço... E a canção continua sendo TUDO. E cada vez mais, conto c/ vc!!! Beijo enoooooooorme.

PS3: Hummm... mais uma estranha analogia (e mais um PS da série "desnecessários" rsrsrs). P/ aqueles que reagem ao amor como se fosse (sempre) ameaçador:
A alergia é uma reação excessiva do nosso organismo a substâncias que ele considera nocivas, mesmo que não sejam. É como se fosse o resultado do "excesso de zelo" do nosso sistema imunitário (desregulado), provocando reações, mesmo que o elemento estranho não tenha um caráter ameaçador ou perigoso.

3 comentários:

TOTYNIX disse...

Ai,não é? Amiga, parece que o amor só faz sentido em poesia, música e filme...e nós do lado de cá insistindo e provocando.. tbm conto contigo, linda...amei o texto...BJOOOOOOOO

bastaestarvivo disse...

obrigado a vc por escrever coisas tão lindas.

Anônimo disse...

Tô aqui novamente...
E, acho que ando te danto muito espaço!!! rsrs
Porquê anda tão medrosa? Acredito que deveria viver de acordo com a intensidade que as coisas caminham. Entregue-se, ame, viva, LIBERTE-SE!!! Mas, não espere encontrar nele, aquilo que não tem.
Acredito que seja uma questão de segurança. Seja, demonstre e sinta-se segura!!!
Lute seguramente! Minha linda, não tenha medo das consequências (estou e sempre estarei por perto).
Perdoe a ausência (física).
Te amo! Te amo! Te amo!
Sua irmã (absolutamente orgulhosa)
Rosi