Pura química. Agravada pela biologia e psicologia que há em nós. Lembra quando trocamos o primeiro sorriso? Anos atrás. Você quis descer daquele jipe e eu só queria que as horas demorassem a passar. Mas elas passaram. Vieram os meses, os anos, os livros, os amores, as viagens.
Não lembro do nosso primeiro beijo. Mas a verdade é que o último me diluiu... maré alta em tua direção. Um dilúvio, um deslize, um pecado - e eu, guardando a tua lua cheia em mim.
Pronuncio teu nome como se cada uma das letras trouxesse o teu gosto. Água na boca, umedecendo a tua resposta e os vestígios da razão.
Daí, perco o juízo. Faço as malas juntando as melhores emoções. Pego a estrada como se no fim, fosse mesmo desaguar. E quando chega o teu sorriso de canídeo, ah... eu enlouqueço.
Em todos esses anos, você me distraiu enquanto mapeava os meus sentidos. Conhece os caminhos, mergulha corajoso, altivo. Sem respirar.
Como é que você faz? O que é que você faz comigo?
Faça o que quiser que eu continuo desejando o teu querer. Fico aqui, experimentando palavras que falem de nós.
Essa maré de sizígia em mim.
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PS1: Quase dois meses experimentando as palavras que contassem dessa emoção... Em 2009, prometo uma Dona Cafuza mais dinâmica.
Prometo nada. Me interesso mesmo é pelas surpresas e por tudo o que nem consigo verbalizar.
Aliás, como eu disse p/ a minha amiga e poetisa: Lá vamos nós... Sem contratos, sem certezas, sem manual.
Mas ficamos sempre com o melhor da festa. Mesmo quando o melhor é o pior. Lá na frente, se não fizer sentido, tudo bem. A gente faz poesia!!!
PS2: Paty, querida... obrigada por acolher minhas loucuras literárias. É um privilégio saber que vc passeia por aqui (e volta)... rsrsrs
PS do PS: Depois que publiquei essa loucura, a Dadá pesquisou no google e me contou que Sízigia tem mais uma atribuição (além da literal): "Sizígia, ou o arquétipo da alteridade, segundo Byington, se refere aos opostos masculino-feminino na psiquê (...)indica como está o relacionamento do sonhador com o seu oposto complementar." (Wikipédia).
Ei, meu querido "oposto complementar", obrigada pela inspiração (e por renová-la sempre... rsrsrs).
